Vendas do varejo ainda sobem, mas o ritmo de crescimento é cada vez menor

A Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada hoje pela manhã pelo IBGE, mostra que o crescimento do varejo vem diminuindo de ritmo. Prova disso é que em agosto o volume de vendas, ou seja, a quantidade de itens vendidos pelo varejo, subiu 6,2% em relação a agosto de 2010. Em setembro, esse percentual se reduziu a 5,3% e agora em outubro chegou a 4,3%. Se a gente incluir automóveis e materiais de construção, aí o percentual de elevacão em outubro baixa para 1,6%. Isso porque apesar do setor de materiais de construção ter crescido quase 7%, a venda de motos, automóveis e peças caiu 4% em outubro.

Agora, nós ainda estamos falando de crescimento nas vendas. E crescimento em relação a um ano que foi muito bom. Para se ter ideia, no ano passado o mês de agosto apresentou uma elevação de quase 9% em relação a 2009. Ou seja, foi um mês muito bom.

Quem mais puxou pra cima as vendas do varejo agora em outubro, uma vez mais, foram as lojas de móveis e eletrodomésticos. No acumulado dos primeiros 10 meses do ano, as vendas já subiram mais de 17%. Isso acontece porque a demanda segue aquecida, o crédito e a renda também estão em alta e os preços, por outro lado, baixaram. Não podia dar outra coisa, né?

Depois vem o setor de super e hipermercados, com crescimento bem mais modesto, e por fim o de materiais de escritório, informática e comunicacão, que vem aí também turbinado pela redução de preços nos equipamentos e ainda pelas novidades da indústria, como os tablets, smartphones etc.

Do ponto de vista regional, todos os estados, menos Acre, Sergipe e Mato Grosso, tiveram aumentos no volume de vendas. Alguns, acima da média, como Minas Gerais, que cresceu 7,2% e o seu Paraná, que cresceu 6%. São Paulo ficou ali perto da média, com 4,7%, o Distrito Federal ficou pouco abaixo, com 3,5%, o Rio cresceu apenas 2,7% e a Bahia 2,3%.

Sobre o Natal, todas as pesquisas apontam para um aumento na intenção de gastos dos brasileiros. Ou seja, esse Natal vai ser melhor do que o do ano passado. Mas provavelmente o crescimento será um pouco menor do que se esperava. Mesmo assim, vender mais que o Natal passado, quando o desempenho do varejo foi formidável não é nada mal.