sexta-feira, 1 de julho de 2011

No Brasil, apenas 20% dos empregados jovens são comprometidos com seu trabalho

Em boa parte das empresas, os resultados estão diretamente relacionados ao desempenho dos seus funcionários. E é aí que mora o problema. Uma ampla pesquisa, feita pela GfK com mais de 30  mil pessoas em 29 países, inclusive o Brasil, mostrou que a falta de comprometimento dos trabalhadores é bem alta em todo o mundo. Essa questão é ainda mais complicada quando analisamos os funcionários mais jovens. Para você ter uma ideia, apenas 21% dos empregados brasileiros, entre 18 e 29 anos, são de fato comprometidos com o trabalho que fazem - a média global é bem parecida, 21%. Já entre as pessoas mais velhas, com idade variando de 50 a 59 anos, o índice de comprometimento aumenta bastante - chega a 37% aqui no Brasil. Mesmo assim, não dá para dizer que esse é um alto comprometimento.

Parte do problema está no mercado, super ofertado. Nada menos que 77% dos entrevistados no Brasil pensam que existem oportunidades sobrando em outras empresas e 53% até considerariam mudar de país em busca de um emprego melhor. Outros problemas que afetam o comprometimento no emprego, segundo a pesquisa da GfK, são o alto índice de estresse no trabalho, que afeta a 53% dos brasileiros e a quantidade de horas que as empresas exigem que seus funcionários trabalhem, queixa de 42% dos entrevistados aqui no nosso país. Por isso mesmo não surpreende que 59% dos brasileiros estejam infelizes com o desequilíbrio entre a vida pessoal e a profissional.

Em resumo, é hora das empresas começarem a investir mais no marketing interno.

2 comentários:

Nicolas Alonso disse...

A pesquisa está coerente. Mas existe um fato importante que gera esta volatilidade no mercado, principalmente nos jovens. Observo hoje no mercado um baixo senso de construção profissional baseada no longo prazo. Creio que os jovens, por serem muito imediatistas, não conseguem enxergar as dificuldades como desafios e principalmente como um grande aprendizado. A falta de resiliência para lidar com as frustrações e pressões do trabalho, acabam desmotivando os jovens facilmente. Isso, aliado à grande demanda por capital humano gera esta lacuna no "comprometimento" profissional, quando tratamos o assunto na esfera jovem.

Excelente matéria.

Att.

Nicolas Alonso
http://www.linkedin.com/in/nicolasalonso

Perrone disse...

Luiz, depois de morar um ano aqui nos EUA posso te dizer com tranquilidade que o quadro é muito semelhante por aqui também.

Neste assunto; tem um filme muito interessante chamado "Waiting for Superman": as crianças norte americanas sao as mais otimistas do mundo em relação ao seu futuro e, curiosamente, estão entre as que têm as piores notas na sua lingua nativa e matemática.