Cerca de 26% dos mais de 190 milhões de brasileiros são crianças e adolescentes com até 15 anos de idade. Eu estou falando de uma multidão composta por quase 50 milhões de meninos e meninas. E apenas 10% de toda essa garotada pertence às classes A e B. Como você já deve imaginar, a maioria, ou 45% para ser mais exato, são de famílias de Classe C. Isso significa que o marketing infantil terá que olhar com mais atenção para os representantes mais jovens da Nova Classe Média Brasileira.
Quer um exemplo? Dados do Data Popular mostram que 52% das crianças brasileiras de Classe C são negras. Já na Classe A esse índice é de apenas 14% e na Classe B de 33%. Mas bonecos negros nas lojas e garotos negros na propaganda de TV ainda são raros por aqui. O que mostra a distância que separa o marketing infantil nacional de boa parte dos seus clientes.
Outra mudança importante está ocorrendo nas escolas privadas, ainda segundo o Data Popular. Hoje, 49% das crianças de até 14 anos matriculadas em escolas pagas no Brasil já pertencem à Classe C. Isso é fruto da prioridade que 2/3 dos emergentes dão, corretamente, à educação e também da percepção, presente em 57% dessas famílias, de que a qualidade da escola pública está piorando.
Essa garotada emergente, quando crescer, vai ajudar a mudar ainda mais o cenário do consumo aqui no país.
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