Mudanças demográficas e econômicas estão provocando a redistribuição de espaços no varejo brasileiro. Antigamente, nos tempos da inflação galopante, consumidores eram praticamente obrigados a fazer todas as compras de uma só vez, para driblar a desvalorização do salário. Naquele tempo, hipermercados concentravam a maioria do faturamento dos produtos de consumo de massa.
Mas as coisas mudaram. Somente 31% dos brasileiros ainda fazem a ‘compra de mês’. Por isso mesmo, os hipermercados passaram a contribuir só com 36% das vendas de alimentos, bebidas e produtos de higiene e beleza e agora dividem espaço com outros formatos. Por exemplo, fatores como urbanização e maior presença feminina no mercado de trabalho favorecem o pequeno varejo e o comércio de vizinhança, mais práticos e convenientes.
Tem mais - o aumento do poder aquisitivo da classe média emergente permite que mais famílias possam comprar produtos básicos em quantidade nos chamados ‘atacarejos’, que como o nome diz, são lojas que misturam o conceito de atacado e varejo. A quantidade dessas lojas aumentou 60% de 2006 a 2009 e hoje 27% das famílias brasileiras já frequentam esses espaços. Em resumo, o nosso varejo está mais forte e também mais diversificado.
Todos esses dados são da Nielsen e serão apresentados amanhã, durante o congresso da APAS - Associação Paulista de Supemercados. Você aqui leu em primeira mão.
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