Parte da badalada Nova Classe Média é formada por afro-descendentes: cerca de 1/3 desses brasileiros fazem parte da classe C. Aliás, vale destacar que somente 4% dos negros e pardos neste país pertencem às classes A e B, dado que confirma a percepção de muita gente de que a riqueza no Brasil tem a pele clara.
Mesmo assim, esse segmento da população tem contribuído nos últimos anos com uma parcela significativa do consumo nacional. Para começo de conversa, eles representam quase 51% dos habitantes do país, segundo dados do IBGE. E toda essa gente tem tido mais acesso, por exemplo, a bens duráveis. Um levantamento do Data Popular, empresa especializada em estudar a baixa renda, mostrou que a posse de televisores entre os negros passou de 63% em 2001 para 98% em 2010. Já a máquina de lavar, que estava presente em apenas 10% dos lares negros em 2001, alcançou 53% dessas residências em 2010. Isso sem falar no celular, que chegou a 83% de penetração nesse mesmo intervalo de tempo.
Outra observação importante dessa análise do Data Popular diz respeito ao investimento de negros e pardos brasileiros em vestuário, beleza e cuidados pessoais. Para essas pessoas, andar bem arrumado é importante para diminuir a discriminação que ainda percebem por parte de alguns setores da sociedade e também para reafirmar a própria identidade.
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