segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Comércio de rua popular ganha fôlego e recupera espaço no Brasil

O comércio de rua no Brasil, que nos anos 90 perdeu espaço para os shoppings em função de segurança, conforto e variedade, voltou ganhar fôlego e conquista até as classes sociais mais altas. Para dar só um exemplo, pesquisa da TNS Research mostrou que as 350 lojas e mais de 3 mil estandes da região da Rua 25 de Março, zona de comércio popular de São Paulo, recebem mensalmente 12 milhões de pessoas, uma quantidade de gente maior que a população paulistana, estimada pelo IBGE em 11 milhoes.

Para dar uma idéia da força desse pólo comercial de rua, basta dizer que em 2009 cada shopping brasileiro arrecadou, em média, de 177 milhões de reais - 100 vezes menos que a 25 de março, que teve uma receita de 18 bilhões no mesmo período. Claro que esse sucesso todo tem um preço – para o espanto de muitos, o metro quadrado da 25 de março está entre os mais caros de São Paulo, custando em média, de R$ 9 a 10 mil. Quer saber mais? Os maiores frequentadores do comércio da 25 de março em 2009 foram as classes A e B. Nada menos que 56% dos clientes de lá são dessas classes sociais mais altas, que procuram principalmente eletrônicos e perfumes importados.

Mas nem tudo são flores: a quantidade de pessoas circulando e a falta de segurança ainda afastam muita gente. Para consolidar sua recuperação, o comércio de rua das nossas capitais precisará dar mais conforto e tranqüilidade aos consumidores.

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