sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Crescem as vendas do varejo mas vestuário continua em queda livre

Saiu agora de manhã a Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, que é o mais fiel termômetro do desempenho do varejo nacional. Pois bem, em setembro o volume de vendas no comércio cresceu 5% em relação ao ano passado e o consolidado do 3o trimestre ficou 5,3% maior que o de 2008. Vale lembrar que o volume de vendas do 2o trimestre já tinha sido 5,2% superior ao do ano passado e mesmo no 1o trimestre, quando o varejo sentiu um pouco mais os efeitos da crise global, a taxa ficou em 3,7%. Se considerarmos o comércio varejista ampliado, que inclui a venda de carros, o crescimento de setembro sobe para 9,1%. Diante disso, mesmo os mais conservadores estão revendo para cima as estimativas para 2009. O acumulado do ano bateu em 4,7% e ninguém mais aposta em vendas menores que 5% para este ano. Eu mesmo, se tivesse que apostar, apostaria em um numero próximo de 6%.

O desempenho dos setores tem sido bem consistente. Os super e hipermercados continuam sendo o destaque - em setembro o volume foi quase 10% maior que o de setembro de 2008 e nos primeiros 9 meses de 2009 a variação sobre o ano passado já chegou a 7,7%. Lojas de departamento, de artigos esportivos, joalherias, brinquedos, produtos de beleza e cuidados pessoais e também aquelas que vendem bens duráveis estão indo muito bem, obrigado. A exceção são as lojas de tecidos, vestuário e calçados, que amargaram mais um mês de queda nas vendas – em setembro o recuo foi de 6,6%. De janeiro a setembro as perdas já chegaram a 6,2%. O IBGE diz que o principal fator é o aumento de preços do setor em níveis bem acima da inflação. Basta dizer que segundo o IPCA os preços do grupo de vestuário subiram no ano 7,2% contra uma inflação geral de 4,3%.

Mas só isso nao explicaria um tombo desse tamanho. Tudo indica que a causa principal é que os consumidores estão direcionando seus gastos para outros lugares. Ao aproveitar os incentivos do governo para comprar geladeiras, material de construção e veículos com IPI reduzido, os brasileiros acabam sacrificando em parte aquelas comprinhas que faziam, às vezes por impulso, de uma roupa, bolsa ou sapato.

Para terminar, vale dizer que enquanto o crescimento do varejo foi de 5% em setembro na média nacional, na Bahia, por exemplo o aumento chegou a 7% e em São Paulo alcançou 6,5%. O Rio cravou os mesmos 5% da media Brasil mas Minas avançou menos, 4,4%. Paraná cresceu menos ainda, 2,7%, assim como o Rio Grande do Sul, que nao passou de 2,4% e o Distrito Federal, que ficou em 1,3%.

Um comentário:

Anônimo disse...

Luiz!
Vi no twitter da Pat o endereço pro teu blog e vim aqui dar uma olhada. Agora vou ler os posts com calma...
Adorei!
Alline Storni