Esta semana começa em SP, a 19a edição da Expo Farmácia, evento voltado para o segmento de farmácias e drogarias, setor, aliás, que ignorou solenemente a crise. Levantamento da Fecomercio aponta que em abril, por exemplo, o faturamento foi mais de 10% superior ao do mesmo mês de 2008.
Porém, nem tudo são flores no mundo das farmácias. Um levantamento feito pela empresa de consultoria Shopping Brasil mostrou que é alarmante a dispersão de preços entre as diferentes redes de drogarias. Vale esclarecer que dispersão de preço é a diferença entre os preços praticados por diferentes lojas para o mesmíssimo produto.
Para você ter uma idéia, depois de pesquisar os preços de produtos vendidos sem prescrição médica em mais de 50 redes, a Shopping Brasil descobriu uma diferença de 59% entre o maior e o menor preço da vitamina C Cebion. Na Coristina D a diferença foi de 66%. O antigripal Resfenol esta sendo vendido por preços ate 67% diferentes. Isso para citar apenas os exemplos mais gritantes.
De um lado, esse resultado mostra que o consumidor tem sim que pesquisar bastante. Mas também dá a dimensão de como as políticas de preços do varejo brasileiro são construídas com bem pouca técnica. O mark up, que é o termo técnico usado para definir a quantia que o varejo coloca em cima do preço do produto para cobrir as despesas operacionais e a margem de lucro, está variando muito mais do que o normal. O perigo é gerar uma desconfiança permanente no consumidor, que tem todo o direito de acreditar que alguns preços são exagerados e se viciar em ofertas.
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