Hoje no Blue Bus publiquei uma nota sobre as iniciativas da Anvisa para regular a comunicacão de medicamentos sem prescrição médica - leia aqui. Faltou dizer que essa resoluçao também proíbe a distribuição de brindes e amostras grátis aos prescritores dos medicamentos e também aos vendedores, para "proteger" os médicos das investidas dos laboratórios e inibir a prática, bastante disseminada no Brasil, de oferecer incentivos aos vendedores para que eles recomendem determinados produtos aos consumidores nas farmácias e drogarias. A resoluçao já está em vigor desde o dia 16 de junho, mas diversas liminares desobrigam parte da indústria de cumprir por ora essas determinações.
Outra iniciativa polêmica da ANVISA, que ainda está no plano da Consulta Pública, pretende fazer com que todos os medicamentos isentos de prescrição médica passem a ser vendidos atrás do balcão, para evitar que consumidores peguem livremente nas gôndolas os antigripais, antiácidos e analgésicos que quiserem. Nesse caso a idéia é reduzir a automedicação. Os que combatem essa medida dizem que ela além de nao coibir a automedicação, pode estimular a prática de oferecer incentivos aos balconistas. A Consulta Pública, se virar resolução, estabelecerá ainda a proibição da venda de produtos que nao sejam relacionados com saúde, cosmética e higiene pessoal. Ou seja, as farmácias e drogarias nao poderiam mais vender biscoitos, iogurtes, refrigerantes e outras coisas do gênero.
Esse é mais um capítulo da briga envolvendo as agências reguladoras do governo, indústria, varejo e o mundo da propaganda. E que ainda promete dar muito o que falar.
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