terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O que falta para nossas marcas serem globais?

Do ranking das 50 marcas mais valiosas da América Latina, elaborado pela Interbrand, 15 são brasileiras, inclusive as que encabeçam a lista – Itaú, Bradesco e Banco do Brasil. Todas as três poderiam fazer parte da relação das 100 melhores marcas globais em função do seu valor, mas para serem globais elas teriam que ter mais de 1/3 de sua receita realizada fora do seu país de origem, o que não acontece com as nossas principais empresas.

Afinal, em tempos de globalização, por que tão poucas marcas brasileiras arriscam a estratégia da internacionalização? Na semana passada conversei com Alejandro Pinedo, diretor geral da Interbrand no Brasil, em busca de resposta a essa pergunta. Saí da conversa ainda sem compreender direito as razões pelas quais outras marcas não seguem os passos da Sadia, Havaianas, Vale, Brahma e Natura, por exemplo.

Pinedo ressalta que, na América Latina, o México tem muito mais vocação internacional do que o Brasil, em conseqüência não apenas do impulso que o comércio com seu poderoso vizinho de cima oferece, como também do desenvolvimento econômico que os mexicanos experimentaram na década de 90. Aliás, com base na experiência acumulada pela Interbrand nos 20 anos em que elabora o ranking das marcas globais mais valiosas, Pinedo não tem dúvida em afirmar que existe uma estreita relação entre os avanços econômicos de um país e a expansão internacional de suas marcas. O que não deixa de ser um alento – se isso for mesmo verdade, aumentam as chances de assistirmos a uma invasão de marcas brasileiras nos mercados globais, depois desse ciclo de crescimento que vivemos nos últimos 5 anos.

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