terça-feira, 4 de março de 2008

Mídia - quem ganhou e quem perdeu em 2007

O mercado publicitário brasileiro cresceu em 2007 cerca de 9% em comparação a 2006. Quem garante é o Projeto Inter-Meios, uma iniciativa do grupo Meio & Mensagem. Esse índice está sendo considerado bom por agências e veículos, embora alguns tenham mais o que comemorar do que outros.

A análise dos números revela algumas tendências bem interessantes. Os principais meios de comunicação do país continuam sendo TV aberta, jornais, revistas e rádio. Mas algumas mídias tiveram no ano passado um desempenho realmente impressionante. Os investimentos em publicidade na Internet, por exemplo, subiram 46%. Prova de que a web se consolida rapidamente em nosso país e não pode mais ser ignorada por agências e anunciantes. Outro fator que impulsiona a audiência desse canal é o fato de que muita gente lê jornal e ouve rádio na Internet. Ou seja, ele não compete com outros meios, muitas vezes ele complementa esses meios. O resultado é que a Internet, que ficava com apenas 1,5% dos investimentos publicitários em 2003, dobrou sua participação e hoje já responde por 3% de todos os gastos em mídia aqui no país.


Outros dois setores que também cresceram bastante foram a mídia em cinema, que teve um faturamento 23% maior e a TV por assinatura, que subiu 21%. O cinema tem se mostrado uma ótima maneira de falar com um público de melhor poder aquisitivo, em especial com os jovens. Além da propaganda na telona, outras formas de interação com os espectadores tem sido testadas, como as ações em que a platéia funciona como se fosse o joystick de um jogo.
Já a TV por assinatura se beneficia da recuperação na renda dos brasileiros e também de uma maior flexibilidade das operadoras, que tentam dar acesso ao serviço a um número maior de pessoas.


Os jornais também tiveram um bom desempenho em 2007, especialmente por conta dos intermináveis lançamentos imobiliários e das ofertas do varejo, como lojas de móveis, eletro-eletrônicos, computadores e supermercados. Por outro lado, o pessoal que trabalha com mídia exterior continua penando. Apesar da verba investida no ano passado em outdoor, mobiliário urbano, fachadas de edifícios etc ainda ser maior do que aquela que foi aplicada em ações na Internet, o faturamento desse tipo de propaganda despencou 16% no ano passado, principalmente como reflexo do Cidade Limpa, projeto da prefeitura de São Paulo que proibiu esse tipo de publicidade na maior cidade do país.

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