O Super Bowl também é conhecido pelos comerciais fantásticos que várias marcas programam para esse que é o show de maior audiência na TV americana. O resultado é que os americanos prestam tanta atenção ao jogo quanto aos comerciais que passam nos intervalos. Esse ano foram exibidos mais de 50 filmes, de diversos anunciantes. O custo estimado de veiculação é de 2 milhões e meio de dólares por comercial de 30 segundos.
Apesar de toda a expectativa, na minha opinião anunciantes e as agencias deixaram um pouco a desejar esse ano. O que se viu foi uma preocupação muito grande em divertir o telespectador em detrimento do posicionamento da marca e da demonstração dos atributos do produto. Por exemplo, para agradar aos consumidores, as agências americanas usaram e abusaram da presença de animais. Para você ter uma idéia, o filme mais bem votado pelos leitores do jornal americano USA Today, que faz uma enquete desse tipo todos os anos, foi um que mostrava um cachorro dálmata treinando um cavalo, ao som da música do Rocky, para que ele voltasse à forma e fosse escolhido pelo haras para uma competição. Detalhe – era um anúncio de cerveja. Mas teve de tudo – esquilos, pombos gigantes, lagartos e ratos.
Os meus comerciais favoritos foram um da Budweiser, em que vários casais se reúnem para um queijo e vinhos na casa de alguém. Mas quando os homens chegam na cozinha a gente vê que eles esconderam garrafas de cerveja dentro da bisnaga de pão e de um queijo falso. Ou seja, não abrem mão da sua cerveja de jeito nenhum.
Outro bem legal é uma promoção da Pepsi, que distribui canções em mp3 a quem toma o refrigerante. O filme mostra uma menina tomando uma garrafa do refrigerante e cada vez que ela suga o canudo o Justin Timberlake saiu voando de onde está mais para perto dela. A idéia é que quanto mais você toma a Pepsi, mais perto de ganhar a música você fica.
Também gostei de um filme da Coca-cola, que mostra 2 políticos rivais, um democrata e outro republicano que dividem bons momentos em Washington por causa da bebida. Vale destacar ainda o filme de 1 minuto da Doritos, em que a marca dá a chance de uma consumidora mostrar o seu talento em um videoclip. A vencedora, é claro, foi escolhida pelos demais consumidores, em votação na web. A presença de Doritos é meramente institucional.
Em resumo, achei o nível dos comerciais apenas mediano. Faça a sua própria avaliação no site do USA Today, clicando aqui.
Um comentário:
Luiz,
Dentre os comerciais que foram veiculados no Super Bowl deste ano, está um da Pepsi, sem audio, que eu achei um show - imagina um comercial silencioso no meio da loucura de sons que deve ser um jogo daqueles (eu ainda vou ver um de pertinho!)
O filme foi criado pela BBDO Nova Iorque e os atores são funcionários da Pepsico que fazem parte da Enable, uma rede que promove a inclusão de pessoas com deficiência: dois amigos surdos procuram a casa de um terceiro, a noite, quando todas as luzes já estao apagadas. Para identificar a casa do amigo, que também é surdo, usam a criatividade.... Confira!http://www.youtube.com/watch?v=ffrq6cUoE5A
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