quarta-feira, 16 de maio de 2007

A importância de ver um elefante por inteiro

Outro dia reli a história dos sábios cegos que queriam conhecer um elefante, escrita por John Godfrey Saxe. Vocês conhecem? É mais ou menos assim: seis homens cegos, que gostavam muito de aprender coisas novas, foram apresentados pela 1a vez ao imenso paquiderme. O 1o sábio se aproximou do elefante e se chocou contra o lado do animal. E, claro, passou a acreditar que ele se parecia com um muro. O 2o pegou na presa e saiu gritando: “o elefante é igual a uma lança!”. O 3o encostou na tromba e achou que o elefante era semelhante a uma cobra. O 4o tocou o joelho enrugado do animal e imaginou que ele era como uma árvore. O 5o apalpou a sua enorme orelha e visualizou um leque gigante. E o último, ao esbarrar na cauda, se convenceu que o elefante era parecido mesmo com uma corda.

Todos estavam parcialmente certos e ao mesmo tempo, completamente errados. Mesmo assim, munidos de suas certezas, passaram horas discutindo calorosamente sobre um elefante que nunca tinham visto.Eu já vi muitos debates como o dessa história. Sabe por que isso acontece? Nos convenceram que quanto mais sabemos sobre o funcionamento de cada parte, melhor aprendemos sobre o todo. Que as coisas devem ser separadas em caixinhas. Por isso nos ensinam as matérias na escola sem juntar uma coisa à outra. Os médicos nos tratam por partes, sem considerar o todo. E, nas empresas, fazemos apenas a nossa parte, sem buscar sinergia entre departamentos, pessoas e talento. ]

Moral da história? Nesse mundo complicado em que vivemos, ver um elefante inteiro pode ser uma senhora vantagem competitiva.

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