Guaraná Jesus, Biscoitos Globo, Fraldas Sapeka, Drogarias Pavel, Massas Vitarella. Talvez você nunca tenha ouvido falar de algumas dessas marcas. Pois saiba que todas elas são muito tradicionais e importantes em determinadas regiões do país. A novidade é que, em plena era da globalização, as marcas regionais estão se saindo muito bem na disputa com as marcas de presença nacional. Os motivos são simples - ao comprar remédios nas drogarias Araújo, por exemplo, muitos mineiros sentem-se mais próximos de suas raízes e reafirmam a identidade, algo cada vez mais importante num mundo tão individualista e impessoal. O mesmo acontece com os gaúchos ao comprar no Zaffari e com os pernambucanos, ao usar o cartão Hipercard.
Quem garante é Jaime Troiano, que apresentou ontem, durante o Maximídia, em São Paulo, os resultados de uma pesquisa feita com quase 3 mil brasileiros sobre a força das marcas regionais. O estudo provou que marcas com história de bons serviços prestados a uma região apresentam índices de preferência e idealização muito mais altos que o de muitas marcas nacionais. Ainda segundo Troiano, executivos que não saem de suas mesas para acompanhar o mundo lá fora ajudam a perpetuar visões etnocêntricas, nas quais as marcas globais ou nacionais seriam sempre muito mais atraentes do que as locais para os consumidores. A pesquisa mostra que muitas vezes ocorre justo o contrário.
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