quinta-feira, 14 de junho de 2012

Shopping Centers devem ser redes sociais offline

Como serão os shopping centers do futuro? Essa pergunta foi em parte respondida durante os três dias de duração da RECON, grande conferência promovida pelo Conselho Internacional de Shopping Centers no mês de maio, na cidade americana de Las Vegas. Lá, especialistas indicaram que os shoppings funcionarão cada vez menos como centros de compra e mais como pontos de encontros sociais. Em outras palavras, as pessoas irão a esses lugares para encontrar outras pessoas e divertir-se. E fazer compras será parte da diversão.

Por isso mesmo, elementos como arquitetura e paisagismo aumentarão ainda mais a importância no desenvolvimento dos novos shoppings. O mix de lojas também deverá se ajustar às novas motivações dos consumidores e lojas de prestação de serviços, moda acessível e as ligadas ao bem estar e cuidados pessoais ganharão mais espaço, assim como as opções de entretenimento. No futuro, será ainda mais fácil encontrar bons restaurantes nos shoppings. Afinal, um número cada vez maior de clientes vai querer sentar-se em mesas confortáveis com os amigos e com a família para fazer uma boa refeição ao invés de comer rapidamente nas praças de alimentação. 

De certa forma esse conceito já se aplica a diversos empreendimentos localizados ao redor do planeta, inclusive no Brasil, onde o caos urbano antecipou a tendência, levando as pessoas a frequentar os shoppings mais assiduamente em função da segurança, do conforto, da climatização e do fácil estacionamento. Não é a toa que muitos dos novos centros buscam reproduzir em seus interiores características arquitetônicas das cidades de antigamente, introduzindo ruas, calçadas, fontes e até coretos. Outra consequência desse fenômeno é o crescimento dos chamados empreendimentos de uso misto, que reúnem no mesmo espaço lojas, escritórios, residências, hotéis e universidades. Tudo em nome da conveniência, do conforto e do prazer.

Neste novo cenário, as lojas dos shoppings também precisarão adaptar-se, priorizando experiências em detrimento da venda agressiva  e contratando vendedores capazes de fornecer informações, dar dicas, fazer agrados. Em resumo, nos shoppings a compra dependerá fundamentalmente do grau de relacionamento dos consumidores com a loja e seus funcionários. Se a palavra-chave para o sucesso dos shoppings no futuro será relacionamento, faz todo sentido que as redes sociais estejam sendo apontadas como o canal ideal de comunicação desses centros comerciais com seus clientes e lojistas. Até porque, de certa forma, a vocação do shopping é mesmo tornar-se uma rede social offline.

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse discurso já tem algumas décadas, não?

Anônimo disse...

Esse discurso já tem algumas décadas, não?