Como
acontece todos os anos, Sucharita Mulpuru, da Forrester, apresentou aqui na NRF
dados do comércio eletrônico americano em 2011. Para se ter idéia da importância
que o canal virtual de vendas está ganhando, basta dizer que em 2005 somente 5%
das vendas do varejo no fim de ano foram feitas via internet. Esse percentual
pulou para 13% em 2010, chegou a 15% no Natal passado e deve atingir 20% já
agora em 2012.
Apesar desses números positivos, nem tudo são flores para o varejo online. O que tira o sono do setor é o fato de que os consumidores por aqui estão privilegiando fortemente preços baixos e descontos, em detrimento de atributos como variedade e conveniência. Em outras palavras, fazer compras pela internet está se tornando sinônimo de caçar ofertas. Prova disso é que 78% dos consumidores online entrevistados pela Forrester admitiram que compraram menos em lojas físicas do que em lojas virtuais por causa dos descontos. E tem mais - perguntados sobre o que mais esperam de um varejista ou marca na web, 55% pediram frete grátis em todas as compras e 52% frete grátis em todas as eventuais devoluções. Só depois aparece variedade de produtos.
Outra
conclusão importante da pesquisa anual da Forrester diz respeito ao crescimento
do chamado mobile commerce – chegou a 28% a proporção de consumidores que
fizeram em 2011 compras por meio de equipamentos moveis no fim de semana do
Thanksgiving (que inclui o Black Friday e Cyber Monday). Ainda assim, somente
2% das vendas online em 2011 foram feitas via mobile. Porem, projeções da
Forrester indicam que esse índice crescerá para 8% até 2016. Por isso mesmo, o
percentual de sites de compra pela web que nao possuem estratégias mobile caiu
de 26% em 2010 para 9% em 2011.
Vale ainda citar a observação interessante feita por Sucharita em sua apresentação - o ecommerce global é hoje fortemente influenciado por 4 empresas: a Amazon, onde 1/3 de todos os webshoppers começam a fazer suas pesquisas de preço, o Google, que recebe visitas diárias de 47% de todos os usuários globais da internet, o Facebook, onde 43% dos internautas de todo o mundo passam ao menos uma vez por dia, e a Apple, que vem transformando iPhones e iPads em lojas móveis.
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