quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Brasileiro confia no varejo mas não acredita muito na publicidade do setor

Pesquisa divulgada essa semana em São Paulo mostra que é alto o nível de confiança dos brasileiros nas marcas do varejo nacional. Mas afinal, confiança pode ser mais importante do que preço ou qualidade do produto? Pois é, por incrível que pareça, pode sim. Até porque o índice de confiança pressupõe que o consumidor considera que o preço que a loja cobra é justo e que a qualidade é boa. Mas o índice de confiança não para por aí e também avalia atributos de relacionamento da marca com seus clientes, por exemplo.

A verdade é que a economia está em alta e os brasileiros compram como nunca. Isso vai obrigar o varejo a mudar suas estratégias. Se antigamente a ordem era estimular a demanda, usando promoções, sorteios etc, agora que o consumidor possui desejo e mais condições de comprar, torna-se mais importante a diferenciação entre as marcas. E um dos componentes mais relevantes para o consumidor é justamente a confiança, ou desconfiança, que ele tem em relação ao lugar onde ele pretende fazer suas compras. E é aí que entra esse interessante estudo feito pela Gouvêa de Souza sobre a confiança dos brasileiros nas marcas do varejo. Vale dizer que foram entrevistadas mil pessoas no Rio, em São Paulo, no Recife e em Porto Alegre, para avaliar a confiança dessas pessoas nas livrarias, hipermercados, drogarias e farmácias, lojas de móveis e eletrônicos, de material de construção, material esportivo e lojas de vestuário e calçados.

Sabe em qual desses lojas o brasileiro confia mais? Nas livrarias. Considerando que a média nacional de confiança fica em 100 pontos, as livrarias ficaram acima, com 112 pontos. As lojas de materiais esportivos também ganharam notas boas e ficaram bem perto da média nacional com 98 pontos. No outro extremo ficou o comércio de materiais de construção, com somente 72 pontos. Detalhe: sabe qual foi o destaque negativo, aquele aspecto no qual o consumidor menos confia no varejo? A propaganda. Com exceção das livrarias e das lojas de artigos esportivos, em todos os outros segmentos os brasileiros acham que precisam ser cautelosos para acreditar na publicidade do nosso comércio.

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