quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Blockbuster pede concordata - mais um negócio analógico fulminado pelo mundo digital

A Blockbuster, gigante no negócio de locações de vídeos, deve pedir hoje concordata nos Estados Unidos. Com a medida espera poder reorganizar as finanças e a empresa para concorrer com as rivais que alugam filmes pela internet, em especial a Netflix, e também com os quiosques e máquinas automáticas de aluguel de vídeos.

A Blockbuster surgiu em 1985 e dominou o mercado durante boa parte dos anos 90. Porém, o boom da internet pegou a Blockbuster de calças curtas. Ao invés de investir no aluguel de filmes online, ela preferiu apostar nas suas imensas lojas, recheadas de fitas VHS, depois substituídas pelos DVDs e agora pelos discos Blu-ray. Enquanto isso, empresas virtuais como a Netflix cresciam rapidamente.

A Blockbuster ainda tentou entrar depois no negócio de aluguel de filmes online, dando inclusive aos clientes a opção de pedir pela web e devolver os DVDs nas lojas, mas já era tarde. O resultado foi uma enxurrada de lojas fechadas, lucros declinantes e valor de mercado despencando.

No Brasil, a história foi um pouco diferente, mas o final pode ser parecido. Adquirida em 2007 pelas Lojas Americanas, a locadora virou um negócio pequeno e secundário para o novo dono, que fez a compra essencialmente para incorporar os pontos da Blockbuster. Hoje, ela perde terreno tanto para locadoras tradicionais como para as virtuais no mercado brasileiro.

Isso tudo prova que possuir uma marca forte no passado não é garantia de sobrevivência no futuro. No fundo, Darwin é que tinha razão: também no meio dos negócios, é preciso se adaptar ao meio ambiente para continuar vivo.

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