sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pesquisa | Consumo de livros no Brasil é restrito às classes mais altas das grandes cidades

Os livros estão em evidência no Brasil. Na semana passada aconteceu a badalada Flip, Festa Literária Internacional de Paraty. Hoje começa a 21a Bienal do Livro de São Paulo. E tem mais - poucos dias atrás, a Camara Brasileira do Livro anunciou que no ano passado a quantidade de exemplares vendidos no país cresceu 8,3% na comparação com 2008.

É, mas as boas notícias param por aí. Pesquisa promovida pelo Instituto Pró-Livro em 2008 mostrou que 45% dos brasileiros não lêem livro algum. Pior, os 55% que possuem o hábito da leitura, e não estão na escola, lêem em média apenas 1,3 livro por ano. Esta semana, outra pesquisa, feita pelo Ibope Inteligencia, confirmou que, além de baixo, o consumo de livros no Brasil é também concentrado nas maiores cidades e nas classes mais altas.

Para você ter uma ideia, apenas o Estado de São Paulo responde por 38% do total de livros vendidos no país. E a cidade de São Paulo sozinha compra 14% dos exemplares comercializados por aqui. Desse total, nada menos que 92% vão para as casas dos leitores das classes A e B. Os paulistanos da Classe C compram só 7% dos livros e as classes D e E menos de 1%.

Isso tudo mostra que, infelizmente, o livro ainda é um objeto de luxo no Brasil. Quando a gente fala de livro digital, então, a coisa fica ainda mais elitizada. O que é preciso é popularizar o livro e disseminar o prazer da leitura.

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