Os economistas continuam discutindo os efeitos da crise sobre o consumo aqui no Brasil. Alguns acham que o fundo do poço foi agora no primeiro trimestre. Outros dizem que só depois do segundo trimestre é que as coisas começam mesmo a melhorar.
Para conhecer a opinião dos brasileiros a respeito desse assunto, a empresa de pesquisas GfK entrevistou no final de março 1.000 pessoas em 12 capitais, incluindo entre outras as cidades de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Brasília. O estudo mostrou que 56% dos brasileiros não tiveram sua renda afetada pela crise. Mesmo assim, cerca de 70% reduziram gastos com entretenimento, 67% economizaram no celular ou no telefone fixo e 64% fizeram comemorações festivas mais modestas. Por outro lado, apenas 20% adiaram tratamentos médicos, 18% cancelaram TV por assinatura ou acesso à Internet e 38% baixaram as despesas com alimentação.
Isso significa que os gastos mais importantes foram preservados. Afinal, o poder de compra dos consumidores não foi tao afetado quanto a disposição de comprar, essa sim influenciada pelas más notícias da economia. Prova disso é o crescimento de 3,8% nas vendas do varejo registrado no primeiro trimestre do ano, na comparação com 2008, de acordo com o IBGE. A tendência é que as melhorias nos indicadores econômicos tragam resultados mais animadores já no segundo trimestre desse ano.
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