terça-feira, 19 de maio de 2009

Não duráveis crescem no 1o trimestre

Segundo o IBGE, as vendas no comércio brasileiro cresceram 3,8% no 1o trimestre de 2009, na comparação com 2008. Um dos maiores destaques do período foram os supermercados. Dados divulgados pelo Latin Panel confirmam o avanço das redes de auto-serviço em nosso país – entre janeiro e março desse ano as famílias brasileiras ampliaram em 11% o volume de compras de alimentos e de produtos de limpeza. A cesta de bebidas cresceu 7% e a de higiene e beleza teve aumento de 6%. As classes D e E foram as que mais contribuíram para esse resultado, tendo subido em 9% a quantidade de produtos adquiridos no 1o trimestre. A classe C elevou o volume de compras em 8% e as classes A e B em 6%.

Esse resultado tem estreita relação com a elevação da renda dos brasileiros e o reajuste no salário mínimo. A retração no crédito, que prejudicou o consumo de bens duráveis, também contribuiu para o bom desempenho dos não duráveis – com menos prestações para pagar sobrou mais dinheiro para gastar nos supermercados. Para se ter uma idéia do bom momento que vivemos, basta dizer que, de acordo com estudo da TNS World Panel, feito em 11 mercados da Europa, Ásia e América Latina, o Brasil é o terceiro colocado em expansão de volume de compras de não duráveis, atrás apenas da China e Polônia, considerando o intervalo de março de 2008 a fevereiro de 2009.

Outro movimento que tem impulsionado os produtos não duráveis é uma nova onda encasulamento. Curiosamente, em nosso país o lazer domestico está em alta. O número de lares que assinam os pacotes de TV por assinatura e internet banda larga, combinados, cresceu 140% entre janeiro e dezembro de 2008. Com tanta diversão dentro de casa, não admira que itens como sorvetes tenham aumentado o volume de vendas em 14% e os salgadinhos tenham subido 15%.

As marcas que mais se beneficiaram deste ciclo de prosperidade são as de preço intermediário, que passaram de 38% de participação em 2008 para 40% neste começo de 2009. As marcas premium perderam participação (de 35% para 32%) e as de preço baixo se mantiveram estáveis.

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