O setor supermercadista cresceu 9% em vendas em 2008, segundo números divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), e foi até agora pouco afetado pela crise financeira mundial iniciada. De acordo com a entidade, o bom momento continua, pois as vendas cresceram 6,54% em janeiro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
Para esclarecer como será daqui para frente, a Associação Paulista de Supermercados (APAS), convidou o deputado federal e ex-ministro da fazenda Delfim Netto para uma palestra especial sobre os desdobramentos da crise no curto, médio e longo prazos e o seu impacto no varejo brasileiro. Delfim chegou atrasado, falou apenas meia hora e saiu apressado depois de responder apenas uma pergunta da plateia.
Durante a sua breve apresentação, o deputado contou que a crise chegou ao Brasil em função da falta de liquidez. No final do ano passado, o consumidor deixou de gastar, o comerciante comprou menos e vendeu seus estoques e os banqueiros fecharam a torneira do crédito. Mas o grande agravante, na visão de Delfim, foi que o Brasil aumentou os juros num momento que todos os países estavam diminuindo os seus.
Apesar do cenário atual, Delfim Netto acredita que a crise deve demorar de 18 a 24 meses, não mais do que isso. Ele também prevê que o Brasil deve crescer de 1,5% a 2% em 2009. Para o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumos, a previsão é de crescimento de 3% a 7% em 2009, caso a inflação fique em torno de 4,5%.
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