Em vários países, quando você vai a um supermercado, precisa levar a sua própria sacola de compras ou então comprar uma sacola resistente e reutilizável. Mas no Brasil, parece não ter fim a farra das sacolinhas de plástico, presentes não apenas nos supermercados, mas também em feiras livres, locadoras de filmes, lojas de conveniência e padarias, por exemplo.
É claro que isso não é nada bom para o planeta. Afinal, acredita-se que essas sacolas podem demorar até 100 anos para se decompor. Além disso, o plástico despejado nos aterros sanitários impede a passagem da água das chuvas, retardando a decomposição de outros materiais biodegradáveis e dificultando a compactação dos detritos.
Para tentar evitar que as sacolinhas sejam banidas de vez do país, a indústria do plástico resolveu agir, lançando uma campanha para combater o desperdício dos consumidores. Os primeiros resultados do projeto piloto, realizado em junho em 16 supermercados da Grande São Paulo mostraram uma queda de 12% no consumo das sacolas plásticas. A meta do setor é chegar a 30% de redução.
O programa foi desenvolvido a partir de uma pesquisa feita pelo Ibope com donas de casa das classes B, C e D, que revelou que 100% dessas mulheres reutilizam as sacolinhas de supermercado como sacos de lixo em casa. O estudo também descobriu que 13% das entrevistadas usavam duas sacolas, uma dentro da outra, para carregar itens mais pesados e que 61% delas não enchiam toda a sacola com produtos, com medo de que ela se rompesse. Por isso, a estratégia dos fabricantes de plástico é substituir as sacolas atuais por outras mais resistentes.
A indústria do plástico conta com um importante aliado – o próprio consumidor. Segundo o Ibope, 75% dos pesquisados preferem as sacolas de plástico. Por outro lado, a consciência ecológica dessas pessoas ainda é muito baixa. Por isso, a moda da sacola reutilizável nos supermercados ainda deve demorar bastante para pegar em nosso país.
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