Esse episódio oferece certamente algumas interessantes reflexoes ao mercado. Afinal, as empresas precisam ser coerentes na comunicaçao das suas diferentes marcas? E mais - a propaganda deve reproduzir os valores da empresa ou simplesmente dizer o que os consumidores querem ouvir? Por fim, essa contradiçao pode influenciar negativamente o desempenho dessas 2 marcas?
Eu acredito que o fato da Unilever veicular mensagens tao antagônicas expoe uma verdade nua e crua - a valorizaçao da real beleza nao é uma causa genuinamente abraçada pela empresa. Ao contrário, é só uma brilhante sacada publicitária da Ogilvy, agência que atende Dove. Entretanto, essa revelaçao fará muito pouca diferença nas vendas dessa marca, especialmente no Brasil. Em 1o lugar, porque o consumidor brasileiro nao associa tao facilmente as marcas que usam as empresas que as produzem. Depois, porque ainda nao estamos tao desenvolvidos assim a ponto de boicotarmos produtos por discordarmos da sua comunicaçao.
No futuro, quem sabe, o consumidor poderá ser mais rigoroso com as pequenas mentiras que as marcas pregam com o intuito de conquistar sua preferência. Por enquanto ainda estamos longe disso. Vocês nao acham?
(Publicado no Blue Bus no dia 19/10)
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