quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Jovens são felizes, otimistas e materialistas

Afinal, o que faz o ser humano feliz? Psicólogos, sociólogos, escritores e até publicitários têm procurado a resposta a essa pergunta. Agora, foi a MTV quem tentou descobrir o segredo da felicidade. Pelo menos para jovens entre 13 e 24 anos de idade.

Uma ampla pesquisa, realizada nos Estados Unidos, mostrou que os jovens em geral são positivos e otimistas - 65% deles estão felizes com a vida que levam e 62% acham que a felicidade vai aumentar ainda mais no futuro.

Como esperado, a tecnologia é responsável por boa parte da satisfação experimentada por essa garotada. Só para dar uma idéia, metade deles considera que a Internet sozinha já seria uma boa fonte de felicidade.

Comprovando que essa turma é mesmo bem materialista, o estudo mostrou que 70% dos entrevistados querem enriquecer. Tem mais – cerca da metade dessa turma acredita piamente que vai conseguir.

Entretanto, apesar do consumo orientar boa parte desse pessoal, é entre os que são mais espiritualizados que a taxa de felicidade é maior. Dos que acreditam que a fé é a coisa mais importante nas suas vidas, 80% se dizem felizes.

Para terminar, um dado curioso – é baixo o índice de felicidade entre os jovens sexualmente ativos. Provavelmente porque sexo sem maturidade pode mesmo ser fonte de muita frustração.

Um comentário:

Anônimo disse...

Antigamente, os miúdos e jovens até aos 20 anos, inclusivé, não tinham voto na matéria, como se costuma dizer. Os jovens entre os 16 e os 21 anos eram considerados parcialmente capazes. Agora, também os filmes no cinema nos anos 40, que são do tempo dos meus avós e dos irmãos da minha avó paterna, o modelo de filmes eram galãs com mais de 35 ou de 40 anos, e jovens mulheres à volta dos vinte e poucos, entre os 21 e os 24 anos, mais ou menos. E isto porque só os adultos tinham poder de compra e não eram potênciais consumidores. E depois, havia um maior afastamento entre miúdos e pessoas crescidas. Só falavam de coisas mais oficiais e era só "bom dia" "boa tarde" e não havia esses grande diálogo. Era muito mais rigoroso o afastamento entre as pessoas com mais de 21 anos e as pessoas com menos de 16. A partir dos 16, já se ouviam as opiniões dos jovens e já lhes era permitida alguma interferência na conversa, e tinha-se-lhes mais respeito e às suas opiniões também. O meu pai, os primos direitos do meu pai mais ou menos da idade dele ou mais velhos, a minha avó e os seus irmãos, testemunharam isso. Abaixo dos 21 anos, naquela altura, não se era quase ningguém e não se tinha poder de compra, nem de consumo, e apesar de se ter uma capacidade média a partir dos 16, aos 21 era total, mas o código civil e a legislação baixaram 3 anos, continuando a manter a capacidade parcial aos 16. Mas hoje em dia, conversa-se perfeitamente com miúdos/jovens entre os 11 e os 13 anos, pois há uma padronização geral de interesses, que não havia no tempo dos meus avós e dos meus tios avós. Ás vezes até professores e alunos também falam sobre as coisas e partilham interesses, sobretudo quando os professores têm entre 24 e 30 anos (ou pouco mais de 30). No 7º, 8º, 9º ano, no final das aulas, antes do toque de saída, às vezes havia tempo para os stores e as storas conversarem com os alunos sobre certas coisas, principalmente opiniões sobre coisas que vinham nos telejornais, ou casos sobre pessoas do mundo artístico, novelas, videoclipes (nesses parâmetros de consumo em que os jovens são potênciais espectadores e que conhecem coisas sobre os filmes, as séries, novelas, videoclipes, músicas, artistas, cantores, etc, era mais fácil falar com professores mais novos dos trinta e poucos anos -ou pouco mais- para baixo) pelo menos, nos colégios onde eu andei (andei sobretudo em liceus particulares, mas mais baratos), fora do âmbito profissional das relações professor/aluno, dava perfeitamente para os professores debaterem temas aleatórios com os alunos, ou no fim das aulas, ou cá fora, nos intervalos, quando se encontravam todos no café da frente, mesmo com alunos do 10º ou 12º ano, e mais uma vez digo que, pra certos temas que têm a ver com músicas, artistas, videoclipes, novidades do panorama artístico, tipo MTV, ou de rádio, e sobre artistas actuais, sobre a internet, etc os professores e professoras mais novos, esses geralmente é que estão mais por dentro desses assuntos e desses temas.
Ou seja, basicamente as restrições, as relações formais e cordiais, e tal era tudo muito mais rígido em relação aos miúdos e jovens de 20 anos para baixo (eu tenho 22 anos e meio agora).