Até o final do ano passado existiam mais de 23 milhões de veículos de passeio andando pelo país, sendo que 1/3 desse total circulava apenas pelas ruas e estradas do Estado de São Paulo. E se você é daqueles que acha que não cabem mais carros nas engarrafadas avenidas das grandes cidades brasileiras, vai se preparando aí - dados da Anfavea, entidade que reúne os fabricantes de veículos, mostram que somente entre janeiro e setembro desse ano foram licenciados mais de 2 milhões e trezentos mil automóveis. Isso significa que certamente bateremos em 2010 o recorde de 2009.
Boa parte da explicação para o bom momento que vive a indústria e o varejo de carros e motos no Brasil vem da ascensão da Nova Classe Média Brasileira. Pesquisa feita pelo Data Popular, empresa especializada em estudos sobre o consumidor de baixa renda, mostrou que em 2001 apenas 40% dos brasileiros da Classe C contava com veículo próprio. Esse percentual subiu para 61% em 2010 e deve continuar subindo, com a ajuda do crédito. Quer uma prova? Em 2003 os consumidores de Classe C gastavam R$ 285 mensais para o pagamento das parcelas da compra do carro. Em 2009 esse valor já tinha subido para R$ 484. Os dados são do IBGE.
A festa do consumidor podia ser ainda maior se os tributos sobre veículos não fossem tão altos por aqui. Impostos representam cerca de 30% do preço de um carro no Brasil. Na Alemanha esse percentual cai para 16%, no Japão é 9% e nos Estados Unidos, apenas 6%.
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