quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Pesquisa comprova: sobra menos dinheiro no final do mês no bolso dos brasileiros

Pesquisa realizada pela Nielsen, cujos resultados foram publicados hoje pelo jornal Valor Econômico, comprovam que os brasileiros pisaram mesmo no freio, quando o assunto é consumo.

A principal pergunta do estudo era: "como você pretende gastar o dinheiro que sobra depois de pagas as despesas essenciais'? Em outras palavras, a pesquisa investigou o destino da renda discricionária das famílias brasileiras, aquele dinheirinho que resta depois de pagos o aluguel da casa, as contas de luz, gás e telefone, o celular e as prestações em aberto, entre outras.

Para começo de conversa, 16% dos entrevistados garantiram que no segundo trimestre não sobrou nada no fim do mês, percentual bem maior do que o apurado no trimestre anterior, quando o índice ficou em 10%.

Os consumidores podiam dar respostas múltiplas sobre o destino do dinheiro remanescente depois de pagas as contas essenciais. Pois bem, nenhum dos itens pesquisados registrou aumento de disposição de consumo do primeiro para o segundo trimestre de 2015. No topo da prioridade das famílias brasileiras continua pagar dívidas, destino que 38% dos respondentes estão dispostos a dar aos recursos que sobraram (no trimestre anterior esse índice era de 42%). Na sequência estão entretenimento fora do lar, preferência de 37% (contra 43% no 1T), roupas novas (29% no 2T e 32% no 1T), produtos com novas tecnologias (23% no 2T e 27% no 1T) e viagens e férias (21% no 2T e 26% no 1T).

Até a capacidade de poupança e investimento foi afetada pela crise, segundo a pesquisa - a intenção de poupar e investir com os recursos excedentes também caiu.

Conclusão - há de fato menos dinheiro no bolso dos brasileiros e isso já causa queda no consumo de itens supérfluos. Não estamos mais falando somente de famílias cortando despesas por medo do que vem por aí, mas também de consumidores que, diante de uma inflação em ascensão, perdeu capacidade real de compra no curto período de 3 meses.


Muito provavelmente, o panorama no 3o trimestre será ainda pior. Para shopping centers e varejo é tempo de rever estratégias e ajustar-se à realidade
de uma crise que não será passageira.

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