quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Afinal, quantas lojas são franquias nos shopping centers do Brasil?

A agenda de shopping centers e de empresas franqueadoras é convergente. Afinal, a expansão de um setor depende fortemente do crescimento do outro. Mas, afinal, a quantas anda a participação das franquias no mix de lojas dos shoppings no Brasil?

Para responder a essa pergunta, a ABRASCE (Associação Brasileira de Shopping Centers) e a ABF (Associação Brasileira de Franchising) se uniram para fazer o primeiro mapeamento oficial de franquias em shopping centers do país.

O estudo, que pretende ser anual, foi divulgado pelas duas entidades ontem, em São Paulo. O resultado do rastreamento do mix de 503 shoppings associados à ABRASCE, na época do levantamento, mostrou que apenas 34,5% das 55.743 lojas existentes nestes empreendimentos são franquias. Esse percentual é bem maior no segmento de alimentação (57%), assim como no de brinquedos (40%). Por outro lado, somente 18,6% das lojas de vestuário localizadas em shoppings pertencem a alguma franquia - o que comprova a larga predominância de marcas locais de vestuário e multimarcas nos shoppings brasileiros e a pulverização deste setor, que representa 27% do nosso tenant mix.

A região onde é maior a proporção de franquias no mix de lojas dos shoppings é a Norte, onde 67% das lojas são franqueadas. Em seguida vem o Sudeste (61%) e o Centro-Oeste (55%). Isso confirma como a expansão dos shoppings para novos mercados depende em grande parte do franchising.

Para terminar, um dado curioso - foram registradas nada menos do que 71 redes diferentes de cinemas instaladas nos 503 shopping centers Brasil afora. A líder, Cinemark, está presente em 51 shoppings. Em seguida aparecem a mexicana Cinépolis (20) e a brasileira Kinoplex (19).


Esse estudo apresenta um panorama revelador do varejo que opera em nossos shoppings, representado em grande parte por marcas locais, muitas vezes com recursos limitados para enfrentar turbulências econômicas, competir com os grandalhões e investir no médio e longo prazo. Mostra ainda um cenário de baixa concentração em setores de importância crítica, como vestuário, e confirma que o futuro dos shoppings e do franchising dependerá da capacidade de ambos os segmentos de coordenarem agendas e acelerarem o passo - na mesma direção, é claro. ;-)

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