Humor vende

Está no ar uma campanha bem humorada da Fiat, criada pela Leo Burnett, para o carro Cinquecento. Mostra a diferença entre o genial ator Dustin Hoffman, que é baixinho, e o canastrão Ricardo Macchi, modelo altão que ficou famoso por sua lamentável atuação em uma antiga novela de TV, onde fez o papel do cigano Igor. A publicidade do automóvel quer mostrar que nem sempre o maior é o melhor. E que o carrinho simpático da Fiat pode ser uma boa opção para o consumidor. A campanha chama também a atenção pela disposição de Macchi de brincar com a própria incompetência como ator.

Algo parecido aconteceu recentemente com o cantor Byafra, que aceitou estrelar um comercial da Bradesco Seguros. No filme, criado pela Almap BBDO, um ladrão desiste de roubar um automóvel quando Byafra aparece no banco de trás e começa a cantar seu sucesso “Sonho de Ícaro”. O ladrão acha tão chato que prefere ir embora sem levar o carro. Certamente Byafra aceitou assumir o papel de cantor chato de olho em um outro exemplo recente - a campanha da F/Nazca para a cerveja Skol, onde Beto Barbosa, que já foi considerado o rei da lambada, é mostrado como exemplo do que é brega. Para você ter uma ideia, depois disso Barbosa viu se multiplicarem os convites para shows.

Uma coisa é certa - a publicidade brasileira tem investido mais em humor nos últimos tempos. E isso é ótimo, não só para quem assiste, mas também para quem vende. Afinal, com tanta informação circulando por aí, é preciso algo mais para conquistar a atenção do consumidor. E o entretenimento é um ótimo caminho para chegar lá.