terça-feira, 22 de março de 2011

Pesquisa | Se depender dos brasileiros, farra do consumo vai continuar forte em 2011

Pesquisa divulgada hoje em São Paulo revelou que os brasileiros continuam otimistas e dispostos a comprar ainda mais em 2011. O estudo "O Observador",  feito pela Ipsos, por encomenda da financeira Cetelem, mostrou, para começo de conversa, que as expectativas dos consumidores são as melhores possíveis - nada menos que 60% dos entrevistados acham que o país vai continuar a crescer em 2011. Além disso, o consumidor continua com dinheiro no bolso. Afinal, a renda média familiar subiu quase 60% nos últimos 5 anos no país. Mais importante ainda - a renda disponível também aumentou. Renda disponível, para quem não sabe, é o que sobra depois que a gente paga todas as contas e faz todos os gastos essenciais. Pois bem, em média, sobram R$ 368 para cada família brasileira no final do mês. No caso das famílias das classes A e B sobra bem mais, perto de R$ 990. Mas também na Classe C sobra um bom dinheiro, cerca de R$ 243 por mês e até nas classes D e E, que há 5 anos não conseguiam pagar tudo o que precisavam com a renda que tinham, agora existe uma folguinha de R$ 104 por mês, o que já dá para uma prestação ou um passeio.

Com esse dinheirinho a mais o brasileiro foi às compras no ano passado. Aumentaram desde os gastos em supermercado às compras de vestuário, passando por lazer, TV por assinatura, telefone celular e educação. Agora, com tanto incentivo para gastar, fica mesmo difícil poupar. Apenas 8% dos entrevistados tinham guardado algum dinheiro no mês anterior à pesquisa. Esse percentual sobe para 15% nas classes A e B, onde sobra um dinheirinho maior, e cai para 3% nas classes D e E. Do ponto de vista regional, o lugar em que menos se poupa é o Nordeste, onde apenas 5% fazem isso. Outro detalhe curioso - o valor médio da poupança do brasileiro caiu 7% em 2010 na comparação com 2009.

Para terminar, a intenção de compra para 2011 continua alta. Nada menos que 40% dos brasileiros comprarão esse ano móveis, 38% comprarão eletrodomésticos, 32% farão alguma viagem de lazer, 25% vão investir em celulares e 20% dos nossos consumidores vão levar para casa um computador, para citar apenas alguns objetos de desejo do brasileiro. Nas classes A e B a maior propensão de compra é a de viagens, na classe C é de móveis e nas classes D e E é de eletrodomésticos.

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