quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Nem tudo o que os ricos usam a classe média quer

Um dos erros mais comuns cometidos pelas marcas é achar que consumidores de classe média comprariam tudo da mesma maneira que os ricos se tivessem mais dinheiro. Quem aprendeu isso, do pior jeito possível, foi o Wal-Mart, lá nos Estados Unidos. No ano passado, para competir com lojas como Target e H&M pela preferência dos consumidores dispostos a comprar moda por preços acessíveis, o Wal-Mart contratou designers para produzir coleções de roupas descoladas e baratas, colocou anúncios em revistas de moda, como a Vogue e se preparou para receber um monte de clientes ávidos por seus produtos.

Mas o resultado ficou bem aquém do que o Wal-Mart esperava. O motivo? Eles foram longe demais, rápido demais e os consumidores não conseguiram associar a imagem da rede conhecida pelos preços baixos todo dia com roupas antenadas com as últimas tendências da moda.

Vocês pensam que o Wal-Mart desistiu? Nada disso. Eles acabam de alugar um imenso estúdio em Nova Iorque para abrigar seus designers. Mas, dessa vez, o Wal-Mart resolveu traduzir as tendências da moda para o gosto de seus clientes e produzir roupas que eles possam usar no dia a dia.

Moral da história – o povo gosta sim do que é bom e adora luxo. Mas eles têm um estilo próprio e um jeito particular de entender esse luxo. A ordem, portanto, é adaptar.

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